Foto Reprodução/
O Treinador do Bahia comentou a derrota do Tricolor para o Sport de goleada, 6 a 1, na Ilha do Retiro em Recife, em jogo valido pela Copa do Nordeste 2023. Ele se comportou de forma tranquila, mesmo com os errros e suas escolhas equivoadas para este confrnto. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou que o adversário soube se adaptar melhor ao jogo, realizado em um gramado encharcado pela forte chuva que atingiu Recife.
– Jogo fácil de explicar. Uma equipe que se adaptou de imediato ao estado do terreno, jogou com bolas longas e superou nosso meio de campo. E outra equipe que quis jogar como se joga, apesar dos avisos, dentro do terreno, que é impossível jogar desta forma e fomos trazendo a pressão do adversário para cima de nós. Não conseguimos jogar com bolas longas. Mas os jogadores têm que perceber, e foi alertado antes e depois do aquecimento, que as condições não estavam favoráveis ao nosso jogo. O Sport adaptou-se melhor ao terreno e começou a tomar conta do jogo.
– Depois, aos 15 minutos, em situação de coisa que não se deve fazer e não se treina…Mas temos que estar preparados para os erros de jovens. E a partir da expulsão o adversário começou a jogar no nosso erro. E depois, segunda situação, outro erro, e o pênalti, e a partir daí a equipe se desencontrou e nunca mais se acertou. O adversário tomou conta do jogo, com qualidade e experiência, fez três gols de bola parada, dois de bola jogada. Num jogo onde nós nunca estivemos, pois a expulsão condicionou bastante, mas que não sirva de desculpa, antes da expulsão não estávamos bem no jogo – completa.
Apesar do peso da expulsão de Ryan, o técnico do Bahia reconheceu que a saída do lateral não justifica o placar elástico sofrido pela equipe tricolor.
“Claro, obviamente, não posso dizer que algo está certo quando perco de 6 a 0. A expulsão não justifica o volume do resultado”, diz.
– É claro que estamos com dificuldades defensivas, é claro que em situações mais adversas, em que há mais experiência do outro lado, a equipe sofre. Nós começamos bem a temporada, com jogadores mais experientes. Neste momento estamos jogando com jovens. Neste momento, jogos de três em três dias. Jogamos com laterais mais rápidos porque o Sport joga muito por fora, com quatro, cinco jogadores na nossa última linha. Mas tudo precisa de tempo, tem que ter tempo. O problema é quando não se aprende com os erros. O Bahia não deve sofrer resultados como esse, temos que continuar a trabalhar, estamos conscientes dos problemas defensivos e vamos continuar a trabalhar.
Com o resultado, o Leão da Ilha repetiu um placar que só havia ocorrido duas vezes na história do confronto, ambas a seu favor: em 1959 pela Taça Brasil e em 1956, no Torneio Pernambuco-Bahia. Também foi a derrota mais dura na carreira de Renato Paiva, que comentou sobre continuidade do trabalho no clube.
“Muito triste com o resultado, mas tranquilíssimo com o meu trabalho, assim como foi quando ganhamos o Ba-Vi, quando chegamos ao primeiro lugar no Baiano”, afirma.
– Tranquilíssimo sempre e equilibrado. Consciência do meu trabalho é que me define, estamos fazendo o que podemos e sabemos para melhorar a equipe. Temos que saber viver com essas goleadas, foi a maior da minha carreira como treinador, sofri 5 a 0 pelo Independiente contra o Palmeiras. Temos que tirar lições delas. Não gostamos, mas há uma coisa que é certa, quando o Renato Paiva sentir que é um problema, vai embora. No México eu pedi demissão porque senti que naquelas condições eu não ia ser a solução. Como eu sinto que eu não sou o problema, vou continuar. Vamos fazer essa avaliação amanhã [sobre time que vai enfrentar o Itabuna], como chegam e estão os jogadores, olhar a distância para o jogo da Copa [do Brasil], e vamos tomar uma decisão.
Após o duro resultado, o Bahia volta a concentrar as atenções no Campeonato Baiano. Neste domingo, o Tricolor enfrenta o Itabuna, pela última rodada da primeira fase, às 16h (de Brasília), no Estádio Ribeirão, em Canaã.